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Biomutant: primeiro patch melhora, mas não salva o game

O jogo da Expeciment 101 está longe de valer seu alto preço, mas pode ser uma boa pedida caso chegue ao Xbox Game Pass futuramente

Graças ao apoio da Nuuvem e da THQ Nordic, estou jogando Biomutant há cerca de duas semanas. No entanto, sendo bem sincero, eu preferia estar fazendo qualquer outra coisa. Misturando texturas meia boca com um mundo colorido e devastado, o jogo até que é bonitinho e tem coração, mas seus defeitos acabam se sobressaindo durante o gameplay.

A estreia de Biomutant, no final de maio, não foi das melhores. O gameplay arrastado e a história desinteressante acabaram derrubando as notas do jogo “AA”, que possui um combate interessante, mas repetitivo. Ficamos na expectativa de que melhorias chegariam posteriormente e, para a nossa alegria, isso realmente aconteceu. O pessoal da Experiment 101 lançou um patch que deu uma bela recauchutada no game. Agora, os jogadores podem desligar o narrador chato e estão enfrentando menos bugs durante a jogatina.

Explorar o mundo devastado de Biomutant é o ponto alto do game. (Imagem: Mateus Mognon)

No entanto, mesmo com os aprimoramentos, o game ainda conta com problemas estruturais que incomodam. Agora os jogadores possuem opções de como querem acompanhar a história, seja com o narrador ou apenas murmúrios dos animais. Porém, a estrutura narrativa segue a mesma. Além disso, os inimigos ainda são repetitivos, o que deixa a jogabilidade maçante, e os puzzles não ajudam a trazer diversidade ao gameplay.

Biomutant rodando em ultrawide no PC. (Imagem: Mateus Mognon).

De modo geral, é maneiro demais andar em vastas pradarias com uma espécie de gatinho portando uma espada de grande porte. No entanto, o gameplay é bem mais ou menos e cheio de bugs, enquanto a história não se esforça muito para fisgar o jogador. No final das contas, o jogador precisa se esforçar para encarar Biomutant, o que não é um sentimento bom.

Seria melhor se fosse mais barato

Para quem joga no PC, o jogo também não escalona muito bem nos gráficos. O título até funciona de maneira satisfatória em hardwares de entrada como a GTX 1050 Ti, mas não impressiona quanto a placa de vídeo e o processador entregam poder de sobra. O mundo devastado e o estilo artístico são caprichados e a grande diversão fica para a exploração. Todavia, o cenário interessante acaba contrastando com texturas que poderiam ser melhores, principalmente a pelagem dos animais.

Com seu estilo único e personalidade chamativa, Biomutant teria sido um dos meus jogos favoritos na era do PS2, quando eu tinha muito tempo para jogar e cada CD custava 10 reais no camelô. Atualmente, a produção acaba sendo apenas mais um projeto mediano e que custa cerca de R$ 200, o que é uma grana significativamente alta para um jogo que pode não agradar todo mundo.

Considerando o histórico da THQ Nordic, possivelmente o jogo aparecerá no Xbox Game Pass de PC e consoles futuramente. Nesse caso, vale a pena dar uma chance ao projeto de estreia da Experiment 101, nem que seja apenas para correr nas pradarias portando uma espada maneira. Se até o premiado e excelente Desperados III já foi lançado no serviço de games da Microsoft, a recepção morna de Biomutant certamente é um incentivo para aumentar a disponibilidade do jogo no mercado.

Biomutant está disponível no PC e consoles PlayStation e Xbox. A loja brasileira Nuuvem está vendendo o título com 12% de desconto na versão de computadores.


A cópia do game utilizada para a produção do texto foi cedida pela THQ Nordic. A publicação saiu originalmente na nossa newsletter. Inscreva-se aqui para receber quinzenalmente no seu e-mail!

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Por Mateus Mognon

Jornalista formado na UFSC e criador do Jornal dos Jogos, veículo que reúne as principais notícias de games com curadoria e aquele "jeito moleque" de escrever.