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Ubisoft 2? Entenda mudança gigante na dona de Assassin’s Creed

Pegando todo mundo de surpresa, a Ubisoft passou por uma mudança gigante. Entenda o que rolou e como isso afeta o Grêmio (vulgo franquias da empresa)

A Ubisoft acaba de dar um plot twist na sua própria história no maior estilo pedalada fiscal! A empresa francesa anunciou, nesta quinta-feira (27), a criação de uma nova subsidiária que ficará responsável por suas três maiores franquias: Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six Siege. Logo de cara, o projeto recebe um boost de 1,16 bilhão de euros vindo da Tencent, gigante chinesa do setor, que passa a deter 25% da nova divisão, avaliada em 4 bilhões de euros — ou R$ 24,8 bilhões, para os brazukas.

A iniciativa não apenas fortalece as finanças da Ubisoft em um momento difícil para a companhia, mas também assegura que a família Guillemot, fundadora da empresa, continue no controle, afastando rumores de uma possível venda para Microsoft ou outras companhias. Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, garante que a mudança criará condições ideais para o crescimento sustentável das principais franquias da companhia.

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Com a nova estrutura, alguns dos estúdios mais importantes da Ubisoft, como Montreal, Quebec, Sherbrooke, Saguenay, Barcelona e Sofia, passam a responder diretamente à nova subsidiária, enquanto a empresa-mãe mantém supervisão estratégica. Mas como isso vai impactar o futuro dos jogos que tanto amamos? A gente te explica rapidinho!

Pra ler rapidinho 🗞️

  • A Ubisoft agora tem uma subsidiária que cuida somente de Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six, e promete transformar esses nomes em franquias gigantescas;
  • A nova subsidiária recebeu um aporte da Tencent, que é dona de 25% da nova empresa, que também inclui o catálogo de jogos existente da Ubisoft.
  • Outras franquias seguem no comando da empresa antiga, incluindo nomes como Prince of Persia e The Division;
  • Muitas incertezas rondam o negócio, mas uma coisa é certa: a Ubisoft não deve ser vendida para alguma gigante como a Microsoft após o negócio.

Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six agora são “super franquias”

Ubisoft em crise: entenda os problemas da gigante de jogos - Jogos por  Cointelegraph Brasil

Se você já ficou na expectativa por um novo jogo de Assassin’s Creed ou um reboot digno de Far Cry, pode ficar feliz (pelo menos em um primeiro momento). A Ubisoft quer transformar essas franquias em verdadeiros ecossistemas multiplataforma e de longo prazo. Isso significa mais investimentos em games narrativos, multiplayer robusto e até experiências free-to-play conectadas ao universo principal.

A promessa da nova subsidiária inclui mais qualidade, mais lançamentos frequentes e uma abordagem que vai além dos tradicionais “jogos anuais”. Rainbow Six Siege, por exemplo, já provou que games como serviço podem render bons frutos para a companhia, e a Ubisoft parece disposta a replicar essa estratégia em suas outras ‘super franquias’.

Enquanto tudo pode dar errado, dá pra acreditar que alguns jogos de qualidade estão chegando por causa de um motivo: a carteira da Tencent. A gigante chinesa, que possui outros investimentos de peso no mundo dos games, é uma das 20 companhias mais ricas do mundo, então grana não deve faltar.

Outra mudança relevante é que os catálogos antigos dessas séries também ficarão sob a alçada da nova empresa. Isso pode abrir caminho para remasterizações, coletâneas e até relançamentos estratégicos para atrair novos jogadores.

E os outros jogos da Ubisoft, como ficam?

Se você é fã de Prince of Persia, The Division ou Rayman e tava preocupado, saiba que ninguém vai morrer nesse novo esqueça — pelo menos por enquanto. As outras franquias da empresa francesa continuam sob o guarda-chuva da Ubisoft tradicional. A empresa afirma que essa reorganização permitirá que outras franquias também recebam mais atenção e investimentos.

No entanto, ainda existem dúvidas sobre como a nova divisão impactará os times internos. O número exato de funcionários que serão realocados para a subsidiária ainda é incerto, e os próximos meses devem trazer mais clareza sobre essa transição.

Just Dance e outras franquias de peso não vão mudar para a subsidiária da Ubisoft, mas catálogo existente será da nova empresa.

Meu chute é que a empresa talvez trabalhe com mais licenciamentos e projetos menores em franquias secundárias. Prince of Persia, por exemplo, ganhou um jogo de menor escopo bem recebido no ano passado, além de um spin-off feito por uma desenvolvedora indie.

Em termos financeiros, a Ubisoft garante que a parceria com a Tencent fortalece sua posição e dá um respiro necessário após um período de desempenho irregular no mercado. Com jogos como Avatar: Frontiers of Pandora e Star Wars Outlaws enfrentando dificuldades comerciais, a empresa busca realinhar suas estratégias para o futuro sem precisar vender seus assets ou trocar de gerência.

Tencent ❤️ Ubisoft

O acordo com a Tencent não é só um passe de curto prazo. A empresa chinesa não poderá vender sua participação de 25% por pelo menos cinco anos, e a Ubisoft manterá controle majoritário da subsidiária pelos próximos dois anos.

Isso indica que a parceria visa um crescimento sustentável e não apenas um alívio financeiro imediato — é uma união estável, e não um namorico. Com a Tencent investindo pesado em jogos mobile e multiplataforma, também é possível que vejamos experiências conectadas entre consoles, PC e dispositivos móveis nos principais títulos da nova unidade.

Se essa mudança representará uma evolução positiva para a Ubisoft ou apenas uma jogada para ganhar tempo, só o futuro dirá. Mas uma coisa é certa: os assassinos, mercenários e agentes da Rainbow agora partem para um novo capítulo da história no mundo dos games e das finanças.

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Por Jornal dos Jogos

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