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Steam Deck pode ser revolucionário para a Valve

Ou mais uma falha colossal no catálogo de hardwares da dona da Steam

Pouco tempo após a Nintendo apresentar o Switch OLED, a Valve finalmente saiu da sua zona de conforto e mostrou que não vive apenas de Summer Sale e skins de arma em CS:GO. A companhia está produzindo o Steam Deck, que é basicamente um PC portátil.

Com um hardware que come Nintendo Switch no café da manhã, o Deck promete trazer a biblioteca da Steam e a liberdade do PC para um dispositivo de pequeno porte. Segundo a empresa, vai dar até pra instalar o Windows e rodar jogos da Epic Store e Xbox Game Pass no aparelho.

Enquanto a companhia tem um passado tenebroso com hardware (aka Steam Machines e Steam Controller), a chegada do Steam Deck pode mudar o jeito que a empresa vê o mercado de consoles. Em um mundo com placas de vídeo cada vez mais caras, vender um dispositivo com hardware fechado e mais barato (a partir de US$ 399) pode acelerar os lucros com a comercialização de jogos e microtransações na Steam.

Uma nova estratégia?

A estratégia de colocar produtos na mão do povo por um preço acessível e conseguir lucro na venda de jogos é utilizada por Microsoft, Sony e Nintendo no mercado de consoles. Como a Valve pretende manter sua natureza aberta e o foco no PC, o investimento da empresa em produtos que parecem com videogames tradicionais pode ser bastante positivo para o público.

Afinal, a Steam conta com preços mais baixos que PlayStation e Microsoft Store, possui promoções bem grandes e um catálogo gigantesco de games. Além disso, temos a cereja do bolo: um mercado de troca de itens que garante grana para os jogadores.

Além disso, o console portátil da Valve ainda vem acompanhado da sincronização com o PC: se o jogador tem uma máquina Pica das Galáxias™ para trabalhar ou jogar, é possível aproveitar os mesmos jogos do Deck com gráficos melhores.

Mas ainda é cedo para fantasiar desse jeito. O Steam Deck será lançado no mercado só em 2022 e possivelmente não chegará ao Brasil. Mesmo assim, se o produto não flopar como as Steam Machines, já podemos considerar o portátil uma vitória para Gabe Newell.

Por Mateus Mognon

Jornalista formado na UFSC e criador do Jornal dos Jogos, veículo que reúne as principais notícias de games com curadoria e aquele "jeito moleque" de escrever.