Com 31 dias longos e frios, o mês de julho contou com grandes novidades no mercado de games. O grande destaque ficou para os portáteis: a Nintendo apresentou uma nova edição do Switch e a Steam mostrou que também está de olho no mercado de consoles pequenos.
Além disso, tivemos mudanças no mercado brasileiro e novidades que podem dar uma bela movimentada em gêneros populares do mundo dos jogos.
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Nada de Switch Pro
Em um movimento ousado, a Nintendo apresentou, no começo de julho, o Nintendo Switch OLED. Enquanto muita gente esperava um novo console da empresa com hardware atualizado, o modelo apenas traz um novo tipo de tela, que é um pouco maior que a versão original do produto.
Trazendo o mesmo chip Tegra lá de 2016, o Switch OLED também vem com um dock com conexão Ethernet e alguns aprimoramentos de design, como um “novo pézinho”. Com lançamento no Brasil previsto para 2022, o produto será lançado no exterior em outubro por US$ 350, um pouco mais caro que a versão padrão do console.
Se cuida, Nintendo Switch
Introducing Steam Deck: powerful, portable PC gaming starting at $399. Designed by Valve, powered by Steam. Shipping December 2021.
— Steam (@Steam) July 15, 2021
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Uma grande empresa do mundo dos games também resolveu pisar no território dominado pela Nintendo. Após a gigante japonesa revelar o Switch OLED, a Valve foi lá e apresentou seu próprio portátil: o Steam Deck.
Com um hardware legal e a biblioteca da Steam, o console que chega em 2022 pode ser revolucionário, ou marcar mais um fracasso na carreira de produtos físicos da Valve. Com preços partindo de US$ 299, o projeto pode marcar uma nova era para a empresa de Gabe Newell no mercado de consoles.
Vem pro Magalu
Continuando sua onda de aquisições, a Magazine Luiza comprou a loja de hardware e games KaBum!, bastante conhecida pelo público PC Gamer. Quanto custou? Menos que uma placa de vídeo top de linha. Zoeira, minha gente: a estrela da Dança dos Famosos desembolsou US$ 1 bilhão + ações, o que deixou o negócio em cerca de R$ 3,5 bilhões.
Em um ano e meio, a Magalu já foi às compras mais de 20 vezes e também levou para casa o Canaltech e o Jovem Nerd (o site, não o Alexandre Ottoni em pessoa). Se continuar nesse ritmo, a dona Luiza pode revelar que é a versão brasileira do Jeff Bezos e começar a investir em foguetes.
Enquanto muita gente não se importa com esse tipo de negócio, a compra pode ter grandes consequências para o mercado de games e hardware no Brasil. Enquanto a aquisição pode garantir entregas mais rápidas em produtos da KaBum, não podemos esquecer que um grande conglomerado acaba de tirar mais uma loja independente do mercado, reduzindo opções para os consumidores.
Netflix agora é gamer
Mostrando que a Microsoft está certa em investir no Game Pass, a Netflix anunciou que vai entrar de vez no mercado de games em 2022. A companhia vai produzir jogos, inicialmente voltados para dispositivos móveis, e realizará a distribuição em seu catálogo de streaming.
A empresa já flertou com narrativas interativas, mas agora a parada parece bem séria. Ou seja, em um futuro não tão distante, além de assistir filmes e séries, os assinantes da Netflix também poderão jogar algumas coisas dentro da plataforma, e sem custos adicionais.
Enquanto isso não acontece, o serviço de streaming segue ganhando o ódio do proletariado. Para garantir mais “conteúdo de qualidade”, a Netflix aumentou o preço de sua mensalidade no Brasil.
Para piorar a situação, o HBO Max deu as caras no Brasil com um preço bem interessante e o Amazon Prime, que já custa R$ 9,90, resolveu distribuir os dois jogos mais recentes de Battlefield de graça para assinantes. Ou seja, simplesmente não existe como te defender, dona Netflix.
Sem bola nos PES
A Konami meteu o louco e resolveu matar a franquia PES. Das cinzas do sucessor de Wining Eleven, a empresa erguerá eFootball, uma nova versão feita na Unreal Engine 4 que trará grandes mudanças em sua distribuição. Após ganhar muita grana no mobile, a Konami resolveu tranformar o novo título em um projeto free-to-play, em que os jogadores receberão atualizações sazonais sem custos.
O game contará com partidas locais grátis, com um número limitado de times, e multiplayer com um passe de temporada com conteúdos. A Konami também vai oferecer mais modos de jogo como DLC — Rumo ao Estrelato e Master Liga ainda não foram confirmados, mas podem chegar como extensões pagas.
Outro ponto importante é o multiplayer compartilhado. Além de chegar aos consoles, o jogo contará com uma versão para Android e iOS, incluindo crossplay com as versões principais. Ou seja, é a “Fortnitização do futebol”.
Mais detalhes sobre eFootball chegam em agosto e, enquanto isso, o projeto segue em um limbo interessante. Uma implementação porca de microtransações pode matar o projeto, mas, se tudo der certo, talvez tenhamos um título capaz de mexer no mercado dominado por FIFA, que custa R$ 300 anualmente e já está gerando até fazendas de mineração com suas cartinhas.