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DLSS 3: entenda o que é e como funciona a nova tecnologia da Nvidia

Nova versão do serviço vai criar frames com IA para reduzir trabalho de GPU e até CPU! Entenda como funciona

Ainda na última terça feira (20) a Nvidia fez sua grande apresentação anunciando a nova geração de placas de vídeo RTX 4000 Ada Lovelace e, dentre as novidades anunciadas, uma das que mais chamou a atenção foi a evolução DLSS 3 da conhecida tecnologia de upscaling da empresa que estará disponível somente para as novas placas. Mas o que muda com o DLSS 3? Por que ele é capaz de entregar ainda bem mais performance que a atual versão da tecnologia? entenda isso nessa matéria.

Novas tecnologias integradas ao DLSS

As versões anteriores do Deep Learning Super Sampling da Nvidia contavam basicamente com a sua funcionalidade de aumentar a resolução de uma imagem usando deep learning e economizar poder de processamento do chip gráfico entregando mais margem de performance.

Nos jogos, a tecnologia tomava como referência a imagem renderizada em menor resolução e dados temporais do game a partir de motion vectors para reconstruir a imagem em maior resolução.

Como funciona o DLSS 2

Como esperado, o DLSS 3 vai manter essa funcionalidade, mas também vai integrar a tecnologia Nvidia Reflex que otimiza a comunicação entre GPU e CPU para reduzir a latência de comandos no jogo e também adiciona a função de Optical Multi Frame Generation, ou geração ótica de frames, para gerar ainda mais quadros intermediários completamente novos graças aos aceleradores de ópticos de fluxo presentes nas placas RTX 4000 da microarquitetura Lovelace.

Sobre o Optical Multi Frame Generation

Apesar da integração ao DLSS ser uma novidade, já conheciamos o NVIDA Reflex há um tempo nos jogos, mas a grande novidade é justamente a Optical Multi Frame Generation.

Em um jogo compatível, o DLSS 3 vai atuar primeiro tomando como referência um frame renderizado “naturalmente” em menor resolução e criar fazer um upscaling para “preencher” os pixels que faltam e isso já da uma boa margem para performance. No entanto, os novos aceleradores também vão atuar para analisar o fluxo de frames na maior resolução, com auxilio também dos motion vectors do prórpio motor do game para gerar mais frames em tempo real completamente construídos por deep learning.

Os aceleradores de fluxo ótico da microarquitetura Ada Lovelace analisam a cena e identificam aspectos e um frame que se movem durante uma cena, então fazem essa inferência para construir um novo quadro futuro. No entanto, essa tecnologia atuando sozinha pode criar alguns artefatos na cena, por isso os vetores de movimento do motor gráfico guiam a atuação do deep learning, para gerar frames coerentes com o movimento da cena que está sendo renderizada.

Recaptulando tudo isso, o DLSS 3 vai atuar primeiro gerando um frame que foi renderizado na resolução 1080p, por exemplo, e ampliado para 4K pelo tradicional upscaling por IA. Depois, um próximo frame completo será apresentado, gerado apenas por inferência do deep learning e com basicamente nenhum trabalho da máquina, que tem o único trabalho de criar a imagem inicial na menor resoluçaõ de 1080p.

Intercalando esses frames, podemos afirmar que seu hardware vai trabalhar para renderizar apenas 1/8 dos pixels exibidos, ou seja, 12,5% dos pixels exibidos. A Nvidia destaca que isso vai economizar recursos não apenas da placa gráfica, mas também do próprio processador do sistema que vai trabalhar em uma porcentagem menor dos quadros exibidos.

DLSS 3 na prática

Na prática, a Nvidia promete um salto de desempenho de até 4 vezes nos jogos com a aplicação da nova tecnologia e os exemplos já mostrados com gameplay já mostram saltos de performance absurdo em taxas de quadros de Cyberpunk 2077 e Microsoft Flight Simulator.

Cyberpunk 2077 | NVIDIA DLSS 3 Performance Video with New Ray Tracing: Overdrive Mode
Microsoft Flight Simulator | NVIDIA DLSS 3 - Exclusive First-Look

Próximos jogos com DLSS 3

Já foi anunciada a primeira leva de jogos que já vai contar com suporte para a tecnologia do DLSS 3 da Nvidia, como A Plague Tale: Requiem, Portal com RTX, Hogwards Legacy, Gollum, Bright Memory e a nova versão de The Witcher 3. Confira:

DLSS 3 será exclusivo da RTX 40?

Um ponto importante sobre o DLSS 3 é a sua compatibilidade: o serviço foi apresentado com a linha RTX 40 e terá recursos exclusivos com a nova geração de GPUs. A solução de geração de frames depende do poder de hardware das placas mais novas e, a princípio, funcionará apenas nos modelos mais recentes.

No entanto, isso não significa que o DLSS deixará de receber atualizações para as placas de vídeo das séries RTX 20 e RTX 30. Segundo explica Alexandre Ziebert, do marketing técnico da Nvidia, a empresa ainda vai continuar desenvolvendo todos os outros recursos da solução, incluindo aprimoramentos de upscaling e o Nvidia Reflex, que funciona até mesmo em GPUs da série 10.

Ou seja, os recursos que já são implementados com a versão 2.0 do DLSS ainda existirão e serão melhorados com o lançamento da nova edição da tecnologia. No entanto, a solução de geração de frames só estará disponível nos modelos mais novos.

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