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Call of Duty Vanguard: está na hora de mudar?

Jogamos o teste beta do novo lançamento da franquia e curtimos, assim como no ano passado, e no anterior, e no anterior…

Após três anos jogando Call of Duty de maneira quase diária, está cada vez mais difícil saber onde um jogo da franquia termina e outro começa. Enquanto segue enfrentando polêmicas trabalhistas, a Activision liberou gratuitamente o multiplayer de COD Vanguard em todas as plataformas em que o game está disponível durante um fim de semana.

O teste rotineiro visa preparar os servidores para o lançamento do jogo, mas também garante uma janela de tempo considerável para testar o gameplay. Enquanto muitas pessoas acabaram ficando sem jogar por causa de falhas técnicas, eu fui um dos felizardos que conseguiu abrir Vanguard no PC e aproveitar o beta, enfrentando apenas os empecilhos “in-game”.

https://www.youtube.com/watch?v=EfFU-vxbzd0

No final das contas, o teste limitado mais pareceu um fim de semana comum. Trazendo muitas similaridades com seus antecessores, o multiplayer de Vanguard apenas parece uma extensão de seus irmãos, Black Ops Cold War e Modern Warfare (2019). Considerando apenas o período de beta, o multiplayer de Vanguard parece uma síntese dos dois últimos jogos da franquia, que ajudaram a moldar o bilionário modelo de negócios da franquia da Activision.

Igual, mas diferente

Com uma pegada tão frenética quanto Warzone, o game possui alguns toques de Cold War, incluindo habilidades e soluções. Em alguns casos, o imenso número de possibilidades até parece preguiça: o jogador é apresentado a tantos menus e opções de personalização de arma que parece estar lidando com dois jogos diferentes, mas reunidos em apenas um campo de batalha.

Na parte de gameplay, o título também deixa um gosto de “mais do mesmo”. Até o modo “Campeões”, uma das principais novidades, parece uma reciclagem do “Gunfight”. Enquanto o modo de Modern Warfare coloca pequenos grupos de jogadores em um “X1” limitado, Vanguard resolveu estender o número de batalhas com um sistema de vidas.

“Modo de Campeões é um
Gunfight com mais equipes”

Para quem já gastou muitas horas em Warzone, a maior surpresa acaba ficando para os ambientes destrutíveis. A mudança dá um breve ar de Rainbow Six Siege para o game, permitindo matar inimigos por frestas. No entanto, seguindo o tom mais casual da franquia COD, as madeiras podem ser derrubadas com mais facilidade.

Mesmo assim, a familiaridade no gameplay é assustadora, mas não surpreendente. Afinal, a fórmula atual de Call of Duty funciona muito bem e, como Cold War mostrou no ano passado, até mesmo a falta de conteúdo no lançamento não impede que as pessoas comprem um novo título da franquia.

Visual de Segunda Guerra

O principal ponto que diferencia Vanguard de seus antecessores é o visual, e nisso a Activision mandou bem. Apesar das limitações do beta, o game já deixa bastante evidente o trabalho de ambientação bem feito dos diversos estúdios da Activision. Mesmo em um PC top de linha, os gráficos pareciam borrados, como se estivessem sendo renderizados com um filtro de resolução, mas a experiência visual é interessante.

Assim como todo COD recente, é muito bom sair correndo, explodir o ambiente e assassinar inimigos. Porém, as semelhanças com os antecessores levantam uma grande dúvida: o quanto vale comprar apenas uma “skin”de Segunda Guerra Mundial para um COD que sofreu poucas alterações?

Call of Duty Vanguard chega em 5 de novembro de 2021 para PlayStation, Xbox e PC.

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Por Mateus Mognon

Jornalista formado na UFSC e criador do Jornal dos Jogos, veículo que reúne as principais notícias de games com curadoria e aquele "jeito moleque" de escrever.