Segundo a Pesquisa Games Brasil, o celular é a plataforma favorita dos brasileiros e se tornou o local preferido para jogar de 41,6% dos gamers do nosso país. Apesar de já ter flertado com os games mobile, nunca me tornei um entusiasta do meio, mas um pedaço de plástico de R$ 40 está mudando esse cenário.
Estou falando de um acessório que não possui um nome oficial, mas aparece em lojas online como “suporte” ou “base para utilizar o celular com um controle de Xbox. A missão do aparato é anexar o celular na horizontal com um controle do Xbox Series X e S, ou de Xbox One. Como possuo alguns joysticks da Microsoft por aqui, resolvi apostar no produto.
Apesar de ser simples a ponto de você questionar o preço de R$ 40 (esse é o valor na Amazon), a presilha plástica pode fazer uma grande diferença na hora de jogar no celular.
Confortável
A principal magia do acessório é melhorar o conforto na hora de jogar. A presilha permite utilizar o celular na horizontal enquanto segura o controle do Xbox. O design do suporte permite pressionar o botão de sincronização o joystick e também utilizar fones de ouvido no celular.
A extensão do clipe também não deixa a desejar. Atualmente, estou utilizando o “brinquedinho” com um Samsung Galaxy S20 FE, que possui uma tela de 6,5 polegadas. O acessório aguenta o celular com a capinha de proteção com folga e deixa o smartphone preso com rigidez durante o uso.
O suporte é otimizado para o controle do Xbox Series X/S e até vem com um buraquinho para comportar o novo botão Share. A embalagem também inclui uma “almofadinha” que adapta o design para o joystick do Xbox One.
Vale lembrar que o controle do Xbox One S vem com Bluetooth e pode ser utilizado com mais suportes disponíveis no mercado. Alguns dos produtos contam até com designs mais elaborados e funcionam melhor como um tripé ou base. No entanto, como grande parte desses produtos são feitos de plástico barato, é sempre bom ser cuidadoso para garantir mais longevidade para o acessório.
Limitações do celular
Independente do suporte ou controle, ainda existem pontos no mundo mobile que podem atrapalhar o jogador clássico de consoles e PCs. O primeiro ponto são as interfaces. Tirando jogos 100% pensados para mobile, muitos games não adaptam a interface para as telas menores, o que dificulta visualizar os conteúdos no celular.
Até mesmo blockbusters como Fortnite pecam no quesito visualização. Ao jogar no controle, o usuário fica mais afastado da tela, o que não combina muito bem com as fontes pequenininhas utilizadas nos menus.
A situação também não é amigável na hora do streaming de games. Durante os últimos dias, testei o gameplay com a base e o controle no Xbox. O gameplay flui sem problemas, até que o jogador precise ler alguma informação na tela.
Cadê meu GeForce Now?
Para quem joga no PC e está em busca de mais liberdade, o uso de um clipe para aliar o celular com o controle também é uma boa pedida. O Steam Link funciona muito bem com controles Bluetooth e permite que você transmita jogos do seu PC para o celular.
O suporte para resolução ultrawide no PC também garante uma visualização melhor no celular. Enquanto o xCloud limita o streaming na proporção 16:9, o Steam Link permite que o jogo seja enviado ao celular em 21:9, aproveitando melhor a visualização do conteúdo.
O maior empecilho em usar o Steam Link é a dependência do computador. A plataforma permite até mesmo que você desligue o PC pelo celular, mas o streaming só funciona com os dois aparelhos conectados na mesma rede.
A limitação mostra o valor do GeForce Now, a plataforma da Nvidia que chegará gratuitamente no Brasil ainda em 2021. O serviço permitirá fazer streaming de games do PC diretamente da nuvem para o celular, garantindo mais liberdade na hora de jogar.
Com a expansão de soluções como o GeForce Now e xCloud no nosso país, está cada vez mais simples jogar um game AAA em qualquer lugar. Nesse cenário, pagar R$ 40 para ter um pouco mais de conforto na hora de aproveitar os games no smartphone certamente é um bom negócio. Agora só precisamos esperar que as empresas trabalhem em mais opções de acessibilidade pensadas para as telas menores.
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