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Need for Speed Unbound vale a pena? Veja primeiras impressões

Jogo de corrida adota quase tudo que já vimos em NFS Heat, mas possui personalidade

Need for Speed Unbound chegou em dezembro de 2022 trazendo incógnitas para o futuro da franquia. NFS Heat ter uma recepção relativamente quente (ba dum tss), mas foi colocado na geladeira pela EA. Depois disso, não estava claro quais seriam os próximos passos da saga, que agora está na mão da Criterion Games — a Ghost, que desenvolveu os últimos títulos da série, foi dissolvida pela Eletronic Arts.

Com uma revelação rápida e lançamento relâmpago, o jogo está disponível e possui um teste gratuito de 10 horas para quem assina o Game Pass Ultimate e EA Play. Enquanto tomamos “ghost” da dona Eletronic Arts, utilizamos a prévia da assinatura da Microsoft para sentir um gostinho da nova experiência.

Após cerca de cinco horas de jogo em Need for Speed Unbound no Xbox Series X, confira nossa opinião sobre o game de corrida da EA Games.

Primeiras impressões?

Precisamos de poucos minutos de jogo em Need for Speed Unbound para cravar: o game é muito parecido com NFS Heat, mas com uma skin de “Aranhaverso”. O gameplay não mudou quase nada, tirando algumas soluções novas, incluindo um boost extra no Nitro, e alguns refinamentos de jogabilidade, como o sistema de dia e noite.

Chega a ser impressionante ver tantas mecânicas de volta após o tratameno dado pela EA Games para Need for Speed Heat. Mesmo tendo recebido críticas positivas de grande parte da comunidade, o jogo não recebeu suporte da empresa e teve seus conteúdos online encerrados cerca de um ano após o lançamento.

Para quem já era fã do jogo anterior, o retorno da fórmula certamente vai agradar, da mesma forma que os “haters” podem se preparar para lidar com os mesmos problemas de antes. O drift no botão de acelerar, por exemplo, está de volta em Need for Speed Unbound.

Estilo gráfico é o diferencial

Mesmo com similaridades gritantes em relação ao seu antecessor, o estilo visual garante uma identidade interessante para Need for Speed Unbound. A adoção do street art e o grande foco no arcade remete aos clássicos tempos da EA Big, que fazia sucesso no PS2 com jogos como FIFA Street, SSX On Tour e Freekstyle.

A adoção do estilo visual no gameplay também deixa o gameplay mais interessante. O boost extra de nitro citado acima, por exemplo, basicamente transforma o carro em “super sayajin” momentaneamente, garantindo mais velocidade com um toque artístico.

Minha maior decepção com o jogo até agora é que a EA não aproveita toda a estética animada de Unbound. Enquanto as corridas estão deslumbrantes, com opções de carros que incluem até um Fusca, o jogo traz uma dublagem meia boca e uma campanha que poderia ser melhor — pelo menos até onde testamos.

Com seu estilo gráfico arrojado e trilha sonora repleta de hip hip, Need for Speed Unbound poderia ter uma campanha cinematográfica marcante e recheada de momentos deslumbrantes. No entanto, do mesmo jeito que ocorreu em NFS Heat, parece que a história só está ali para marcar presença e ajudar o jogador a se familiarizar com todos os carros e mecânicas de customização — que são o grande destaque do jogo.

Resta agora aguardar para ver se o tratamento da EA com o game decente. Com tanto potencial, seria triste ver Need for Speed Unbound sendo deixado de lado da mesma maneira que NFS Heat.

Com preços partindo de R$ 299, Need for Speed Unbound pode ser jogado no PC, PS5 e Xbox Series X e S.

Por Mateus Mognon

Jornalista formado na UFSC e criador do Jornal dos Jogos, veículo que reúne as principais notícias de games com curadoria e aquele "jeito moleque" de escrever.